Raphaela Maria de Castro e Silva Vidal, Marcos André Mendes Primoy Claudemir Inacio dos Santos
Percebe-se que o conhecimento deve ser visto como recurso que pode ser compartilhado entre os integrantes de um cluster de empresas, visando alcançar benefícios para o coletivo. A visão de negócios vai dirigir a empresa para o campo de conhecimento fundamental para sua sobrevivência. Os dirigentes devem estar cientes sobre que tipo de conhecimento é valioso para a empresa e onde captá-lo, em ambiente interno ou externo ao cluster. E o desafio será transformar o conhecimento em produtos e serviços inovadores para garantir vantagem competitiva.
Os modelos discutidos apresentam, de forma sistemática, a criação e gestão do conhecimento organizacional, servindo de base para todo o escopo do trabalho e correlações pertinentes ao formato gerencial de cluster.
Como foi visto, existem fatores que podem facilitar e limitar a GC em um cluster de empresas. Cabe aos dirigentes das empresas reconhecer o conhecimento como ativo intelectual e essencial para manter-se competitivo no ambiente, entender os fatores discutidos neste trabalho, procurando explorar os facilitadores e neutralizar os limitadores, dirigindo esforços em busca de resultados concretos. Perrin, Vidal e McGill (2004) salientam que o processo de compartilhar conhecimento pode ser gerenciado, capacitado e encorajado pelo gerenciamento até que se torne parte do trabalho diário dos empregados.
Espera-se que este trabalho tenha contribuído como base teórica, estimulando e instigando pesquisadores a buscarem o aprofundamento do tema, tendo em vista os ganhos coletivos.A partir deste trabalho, sugere-se para pesquisa futura, estudo empírico em amostra de empresas participantes de um cluster definido e delimitado por metodologia adequada que o caracterize, a fim de descrever e explorar as estratégias adotadas pelo aglomerado que torne factível o processo de gestão do conhecimento entre as firmas.
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